7.7.14

Jorro


Lembrei hoje com pesar daqueles dias em que este corpo sangrou de amor.

Afogueado, ofertou o que lhe parecia o mais justo, a entranha.

Desnorteado, entendeu ser finalmente hora de demonstrar-se, e ofereceu seu mais cru e simbólico fluxo, da cor que é ela mesma carne das paixões: amor e morte.

Tive pena. E carinho. Corpo órfão de grandes amores. Corpo puro. Entregou-se, em sacro ofício.

Sangrou do modo mais lindo. Feminino.